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Conselhos do Dono do Bar: valquiria Trindade

Pergunta:
Oi, meu nome é Valquíria, tenho 20 anos. Meu noivo tem 24, mas muitas vezes ele diz que eu sou muito “criança” pelos meus atos, que eu deveria mudar e me comportar como uma mulher, e não como ele diz que ajo. Mas tudo que faço, mesmo quando erro, nunca é com a intenção de machucá-lo.
Eu queria ficar bem com ele, mas não consigo deixar de ser essa “criança” que ele fala. Até tento pensar antes de falar, mas sempre acaba saindo alguma besteira que eu não queria dizer ou fazer.
Estou preocupada comigo mesma. Não sei o que fazer.


Resposta:

Ôh, Valquíria… chega mais perto que o Zel vai te servir um conselho dos bons, direto do coração e com aquele toque de experiência de quem já viu muita história dessas passar por esse balcão.

Primeiro, respira fundo. O que você tá sentindo é real e importante. Não é drama, nem “coisa de menina” — é o coração gritando por clareza, por carinho e por respeito.

1. O tal de “agir como criança”

Olha só… quando alguém diz isso, o mínimo que se espera é clareza e diálogo. O que ele chama de “atitude infantil”? É algo como ciúmes exagerado? Impulsividade? Ironia? Fazer piadas fora de hora?
Você precisa entender exatamente o que ele vê como problema, porque senão você fica perdida tentando se consertar sem nem saber onde tá o suposto “defeito”.

E cá entre nós: errar sem intenção de ferir é humano. Se você demonstra arrependimento, tenta melhorar e ainda assim é criticada com rótulos… então talvez o problema não esteja só nas suas atitudes, mas na forma como ele escolhe lidar com elas.

2. Você está tentando mudar, mas está se perdendo

Isso é o mais delicado aqui. Você tá tão preocupada em agradar ele, em manter o relacionamento, que tá começando a se preocupar com você mesma — não no sentido de cuidado, mas de angústia.

Você se sente mal, se cobra, tenta pensar antes de agir… mas continua se sentindo insuficiente. E isso, minha amiga, não é amor saudável. Amor é construção, não é cobrança.

3. A diferença de maturidade pode existir, sim

Quatro anos de diferença não parece muito, mas às vezes, nessa fase da vida, pode ser um abismo emocional. Isso não te torna imatura, mas mostra que talvez vocês estejam em ritmos diferentes. E aí, é preciso conversar com clareza, com amor e com paciência — não com julgamentos.


O conselho do Zel:

Valquíria, escuta o que o tio Zel vai te dizer com todo carinho:

Você não precisa deixar de ser você para merecer amor.
Crescer, sim. Evoluir, claro. Mas sem se perder, sem se calar, sem se tornar uma versão forçada só pra agradar.

Conversa com teu noivo com o coração aberto. Pergunta com sinceridade:
“O que você espera de mim como mulher e parceira? Porque estou tentando crescer, mas sem saber onde estou errando, me sinto perdida.”

E lembra:
Você é nova, tá se descobrindo, aprendendo a amar e a se comunicar. Ser você mesma é o ponto de partida — não o erro.

Se ele te ama de verdade, ele vai caminhar junto nesse amadurecimento. Agora, se ele só sabe apontar falhas e te diminuir, talvez você precise pensar se é esse tipo de relação que merece.

Você já tem dentro de si tudo que precisa pra se tornar uma mulher forte, sábia e feliz — só não deixe que ninguém use a palavra “criança” pra te encolher, quando na verdade você só tá em processo de crescer.

Abraços do amigo Zel 🍷
(Que já viu muita mulher virar gigante depois que parou de tentar caber no coração apertado de homem que não soube amar direito.)

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