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Conselhos do Dono do Bar: Fada

Pergunta:
Namorei por um mês um homem e terminamos. Uma funcionária dele me disse que ele estava super feliz com o nosso término, que a paz na empresa iria reinar… Fiquei com tanto Ódio que falei que ele não funciona que era brocha! Chamei de psicopata… Acabei com a vida dele!
E agora estou morta de vergonha… Ele me odeia, quer ver o cão e não eu…. E para piorar eu gosto dele!
Como faço para minha vergonha passar!
Me ajuda, quero sumir do mundo… Só não me mato pois tenho um filho para criar! Que não é dele, claro!

Ô minha filha… respira. Primeiro de tudo, você não está sozinha. Nem é a primeira pessoa a explodir num momento de dor e raiva. E também não é o fim do mundo, embora agora pareça que o chão abriu.

Puxa uma cadeira, que a vida amorosa às vezes é mais bagunçada que bar em final de campeonato.


🌪️ O que aconteceu?

Você estava:

  • magoada com o término,
  • foi provocada (porque essa funcionária devia ter ficado bem quieta, né?),
  • e aí explodiu.

É feio? É. Mas é humano. Quando a gente ama, ou achava que amava, o fim dói. Quando vem com humilhação, então… a dor vira raiva. E quando a gente mistura dor com orgulho ferido, sai fogo pela boca. E foi isso que aconteceu.


😳 “Acabei com a vida dele” — Calma, calma…

Você feriu o ego dele? Talvez. Disse coisas pesadas? Sim. Mas não acabou com a vida dele, tá? Isso é a vergonha falando mais alto do que os fatos.

Você é mãe. Já passou coisa muito mais difícil do que esse momento. Só que agora você tá vulnerável, e isso faz tudo parecer mil vezes maior do que é.


💥 A verdade nua e crua?

  • Vergonha vem quando a gente age contra nossos próprios valores. E você sabe que perdeu a linha. Por isso tá doendo.
  • Mas vergonha também passa. O tempo não apaga o que foi dito, mas ameniza. E principalmente: as pessoas esquecem, se você deixar de cutucar a ferida.
  • E esse cara… se te odeia, o problema é dele agora. A gente colhe o que planta — mas não precisa viver eternamente no mesmo canteiro.

❤️‍🩹 E agora, o que você pode fazer:

1. Se perdoar.

A vergonha não vai embora com castigo. Vai embora com compaixão por si mesma:

“Eu errei. Falei com raiva. Mas estou arrependida. E quero agir diferente daqui pra frente.”

2. Se quiser pedir desculpas, peça. Mas só se for sincero e sem esperar volta.

Algo assim:

“Fui injusta e perdi o controle naquele dia. Não me orgulho do que disse. Desejo que você fique bem. Estou cuidando de mim agora.”

Se ele aceitar? Ótimo.
Se ele ignorar? Problema dele. Você fez a sua parte.

3. Pare de se martirizar.

Você tem um filho pra cuidar. Ele te vê como exemplo. Você pode ensinar algo poderoso com isso:

  • que adultos erram,
  • mas que adultos também se responsabilizam, aprendem e seguem em frente.

🛑 E, olha… pensar em “sumir do mundo” é o grito do coração cansado.

Mas você não precisa desaparecer. Precisa recomeçar.
Você já venceu muita coisa até aqui — ser mãe, lidar com fim de relacionamento, aguentar humilhação e ainda estar de pé.

Você não é o que disse na briga.
Você é o que faz a partir de agora.


Se quiser chorar, chora.
Se quiser se esconder uns dias, tudo bem.
Mas depois, levanta, lava o rosto, olha pro espelho e diz:

“Eu sou maior do que esse erro. Eu sou mais do que esse momento.”

E sabe o que combina com isso?

Um café forte, um batom vermelho (ou um chinelo confortável) e uma nova página na vida.

Tô aqui sempre que quiser voltar pra esse balcão da vida.

💛
Um grande abraço do Zel

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