Mineiro – Diversas



Um cara de Minas está visitando o amigo carioca que sofreu um acidente de carro e que irá ficar, temporariamente, de cama, e mora numa belíssima casa de dois andares, no Jardim Botânico.

De repente o acidentado diz:

– Eu deixei as minhas Havaianas lá em cima no meu quarto. Você não quer ir lá pegar pra mim, por favor? Quebra essa, vai?

– Não dá para recusar este tipo de favor, não é?

Então, o cara sobe a escada e vai até o quarto do amigo.

Chegando lá, ele percebe que a porta do banheiro está se abrindo e as duas lindas irmã gêmeas do amigo, estão saindo, com apenas um robe transparente e ele gostaria de escancarar os tesouros que elas inocentemente deixaram à vista.

O cara, um mineirim com 30 anos de belzonte, não perde a chance:

РOi meninas, foi seu irṃo que me pediu para subir e transar com voc̻s!

As duas olham-se incrédulas:

– Ele nunca iria dizer isso!

– É lógico que disse! – responde ele – Querem ver?

E gritando para o amigo lá embaixo, pergunta:

– É pra pegar só uma ou as duas?

– CLAAROOOO QUE AS DUAS, POOORRRAAAAA!!!
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*Em Minas é assim…*

*NUDEZ MINEIRA*

Dois cumpadre de Beraba tavam bem sossegadim fumando seus respectivo
cigarrim de paia e proseano.
Conversa vai, conversa vem, eis que a certa altura um deles pergunta pro outro:
– Cumpadre, u quê quiocê acha desse negóço de nudez?
No que o outro respondeu:
РAcho ḅo, s̫!
O outro ficou assim, pensativo, meditativo.. .e perguntou de novo:
РOc̻ acha ḅo purcaus diqu̻, cumpadre?
E o outro:
– Uai! É mió nudês do que nunósso, né mesmo?

*SUTILEZA MINEIRA*

O cumpadi, há muito tempo de olho na cumadi, aproveitô a ausência do cumpadi e resolveu fazer uma visitinha para ver se ela não carecia de arguma coisa…
Chegando lá, os dois meio sem jeito, não estavam acostumados a ficar a sós….falaram sobre o tempo….
– Será qui chove?
– Pois é…..
Ficô um grande silêncio….. .
Aí, o cumpadi se enche de corage e resorve quebrá o gelo:
– Cumadi….qui qui ocê acha: trepemo ou tomemo um café?
– Ah, cumpadi…cê mi pegô sem pó……

*TREM CAIPIRA *

Uma mulher estava esperando o trem na estação ferroviária
de Varginha, quando sentiu uma vontade de ir urgentemente ao banheiro. Foi…Quando voltou, o trem já tinha partido. Ela começou a chorar. Nesse momento, chegou um mineiro, compadeceu-se dela e perguntou:
– Purcaus diquê qui a sinhora tá chorano?
– É que eu fui urinar e o trem partiu…
– Uai, dona! Por caus dissu num precisa chorá não..tenho certeza bissoluta qui a sinhora já nasceu com esse trem partido….

*CUNVERSA DE MINEIRIM*

– Cumpadi, muié é bicho estranho, num é mêsss??? Num gosta di pescá….
Num gosta di futebor… Num sabi contá piada…
Num toma umas pinguinha… .
– Óia, cumpadi….si num tivesse piriquita, eu nem cumprimentava.

*MUIÉ MINEIRA*
Os dois cumpadres pitavam o cigarrim de paia e prosiavam. Um
deles pergunta:
– Ô cumpadre, cumé que chama mesmo aquela coisa que as muié tem (faz um sinal com as duas mãos), quentim, cabeludim, que a gente gosta, é vermeia e que come terra?
– Uai…quentim. .. vermeia..? A gente gosta? Uái sô, só pode ser a piriquita.
Mas eu num sabia que comia terra, sô!!
O outro dá uma pitada no cigarro:
– Pois come, cumpadre. Só di mim, cumeu treis fazenda.

*DIPROMA*
O velho fazendeiro do interior de Minas está em sua sala, proseando com
um amigo, quando um menino passa correndo por ali.
Ele chama:
– Diproma, vai falar para sua avó trazer um cafèzinho aqui pra visita! E o amigo estranha:
– Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
– É meu neto! Eu chamo ele assim porque mandei a minha filha
estudar em Belzone e ela voltou com ele!

*TRAIÇÃO À MINEIRA*
O amigo chega pro Carzeduardo e fala:
– Carzeduardo, sua muié tá te traino co Arcide.
– Magina!! Ela num trai eu não. Cê tá inganado, sô.
– Carzeduardo! Toda veiz qui ocê sai pra trabaiá, o Arcide vai pra sua casa e prega ferro nela.
– Duvido! Ele não teria corage….
– Mais teve! Pode confiri.
Indignado com o que o amigo diz, o Carzeduardo finge que sai de
casa, sesconde dentro do guarda-roupa e fica olhando pela fresta da porta. Logo vê sua mulher levando o Arcide para dentro do quarto pra começar a sacanage..
Mais tarde, ele encontra com o amigo, que lhe pergunta o que houve. E então, o Carzeduardo relata cabisbaixo:
– Foi terrive di vê!!!… ele jogou ela na cama, tirou a brusa…. e os peito caiu….tirou a carcinha…e a barriga e a bunda dispencaro.. ….. tirou as meia…e apariceu aquelas varizaiada toda, as perna tudo cabiluda. E eu dentro do guarda roupa, cas mãos no rosto, pensava:
‘Ai…qui vergonha que tô do Arcide!!!’

*UAI SÔ*
Um mineirinho bom de cama, passando por New York, pega uma americana e
parte para os finalmentes.
Durante a relação, a americana fica louca e começa a gritar:
– Once more, once more, once more…..(traduçã o de once more:
‘mais uma vez’)
E o mineirinho responde desesperado:
– Beozonte, Beozonte, Beozonte…. .

*O EMPRESÁRIO E O MINEIRIM*
Num certo dia, um empresário viajava pelo interior de Minas.
Ao ver um pẹo tocando umas vacas, parou para lhe fazer algumas perguntas: РAcha que voc̻ poderia me passar umas informa̵̤es?
РClaro, s̫!
РAs vacas ḍo muito leite?
– Qual que o senhor quer saber: as maiáda ou as marrom?
– Pode ser as malhadas.
– Dá uns 12 litro por dia!
– E as marrons?
РTam̩m uns 12 litro por dia!
O empresário pensou um pouco e logo tornou a perguntar:
РElas comem o qu̻?
– Qual? As maiáda ou as marrom?
– Sei lá, pode ser as marrons!
– As marrom come pasto e sal.
– Hum! E as malhadas?
РTam̩m come pasto e sal!
O empresário, sem conseguir esconder a irritação:
РEscuta aqui, meu amigo! Por qu̻ toda vez que eu te pergunto
alguma coisa sobre as vacas você me diz se quero saber das malhadas ou das marrons, sendo que é tudo a mesma resposta?
E o matuto responde:
– É que as maiáda são minha!
– E as marrons?
РTam̩m!

*INDO PARA A PESCARIA… *
Os dois mineiros se encontram no ponto de ônibus em Cocalinho
para uma pescaria.
– Então cumpade, tá animado? pergunta o primeiro.
РEu t̫, home!
– Ô cumpade, pro mode quê tá levano esses dois embornal?
– É que tô levano uma pingazinha, cumpade.
– Pinga, cumpade? Nóis num tinha acertado que num ia bebê mais?!
– Cumpade, é que pode aparece uma cobra e pica a gente. Aí
nóis desinfeta com a pinga e toma uns gole que é pra mode num sinti a dô. – É… e na outra sacola, o que qui tá levano?
– É a cobra, cumpade. Pode num tê lá…

*MINEIRIM COMPRANDO PASSAGEM *
O mineirin vai a uma estação ferroviária para comprar um bilhete.. – Quero uma passage para o Esbui – solicita ao atendente.
РṆo entendi; o senhor pode repetir?
– Quero uma passage para o Esbui!
РSinto muito, senhor, ṇo temos passagem para o Esbui.
Aborrecido, o caipira se afasta do guichê, se aproxima do amigo que o estava aguardando e lamenta:
– Olha, Esbui, o homem falou que prá ocê não tem passagem não!

*A PESQUISADORA E O MINEIRIN*
Uma pesquisadora do IBGE bate à porta de um sitiozinho perdido
no interior de Minas.
– Essa terra dá mandioca?
РṆo, senhora. Рresponde o roceiro.
– Dá batata?
РTamb̩m ṇo, senhora!
– Dá feijão?
– Nunca deu!
– Arroz?
– De jeito nenhum!
– Milho?
– Nem brincando!
РQuer dizer que por aqui ṇo adianta plantar nada?
– Ah! … Se plantar é diferente.

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